A juventude e o pecado mais grave

23/03/2009

A juventude e o pecado mais grave
Prezados leitores, o pecado mais grave cometido dentro das organizações pelos decadentes é destruir o sonho dos que estão iniciando. Mostrar apenas o lado ruim do mundo dos negócios para os jovens, distorcendo conceitos e contando mentiras. Não permitir este crime é dever de qualquer administração competente.

O pecado mais grave que os adultos podem cometer contra a sociedade é quando desencaminham os jovens. Esta afirmação, válida para qualquer ambiente, também precisa ser observada no mundo dos negócios. Assim como os pais precisam preservar os filhos das suas fraquezas como adultos, os gestores mais experientes e mais velhos devem preservar os jovens que começam suas carreiras. Quando vejo profissionais “velhos” e decadentes afirmando para os jovens que “aqui as coisas não são como você idealizou”, “você vai se dar mal se falar a verdade aqui na empresa” e outros absurdos do gênero, fico muito irritado. Conheço centenas de jovens que iniciam suas vidas profissionais e a maioria deles é pura, até mesmo ingênua em muitas situações e quer apenas fazer as coisas da maneira correta. Trabalhar, estudar e progredir, é a isto que os jovens aspiram dentro das empresas. Adultos com carreiras em declínio parecem querer arrastar os mais jovens e com menor imunidade às canalhices dos ruins para o pântano onde se meteram por vontade própria. Parecem ter prazer em destruir sonhos. E este é o maior pecado que se pode cometer contra a juventude: matar os sonhos. Certa vez, meu pai me disse: “jamais podemos desfazer o sonho de uma pessoa. Podemos ser duros, repreender, punir, mas arruinar o sonho, nunca”. É a verdade genuína. Quem mata sonhos, destrói o futuro. A pergunta que nos cabe responder é: como preservar nossos jovens do assédio dos decadentes? Demitindo os decadentes, sem dó! Nomeando tutores para acompanhar os jovens talentos em seus primeiros meses na empresa. O recurso do tutor ainda é usado de forma muito tímida nas organizações. Quem é o tutor? É um talento reconhecido dentro da empresa e que alcança resultados, tem atitudes alinhadas com os valores da companhia e segue o método traçado pela direção para gerenciar os processos. Um líder aceito por todos. Todas as empresas têm pelo menos alguns profissionais com este perfil. Estes tutores devem acompanhar os mais jovens em seus primeiros movimentos dentro da empresa, orientando atitudes e identificando dificuldades. Conversam com o chefe imediato dos jovens e elaboram planos de desenvolvimento individual para sanar eventuais erros. Tomar conta dos jovens também é dar bons exemplos e cuidar da linguagem na frente deles. Eles são pedras preciosas que precisam ser lapidadas com muito zelo. Profissionais truculentos não sabem fazer isto. Profissionais ruins odeiam jovens talentosos. RH deve estar extremamente ligado neste processo: preservar os jovens dos zumbis que andam pelos corredores das empresas e monitorar o desenvolvimento de recursos tão valiosos para as organizações.


Paulo Ricardo Mubarack

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