A maldição do gerúndio

08/06/2009

A maldição do gerúndio

Quando uma meta é definida e uma equipe é organizada para atingi-la, uma pergunta se impõe: HÁ INTELIGÊNCIA SUFICIENTE NO GRUPO DE TRABALHO PARA BATER ESTA META? Frequentemente metas não são cumpridas simplesmente porque o grupo encarregado da missão não tem conhecimento suficiente para tal fim. Este sempre é um assunto muito delicado em uma empresa e eu como consultor tenho que ter muito cuidado ao abordá-lo. Afinal de contas, não é agradável você ouvir de um consultor que talvez você não saiba o suficiente sobre seu trabalho, especialmente se você já tem muitos anos de casa.



Quando uma meta é definida e uma equipe é organizada para atingi-la, uma pergunta se impõe: HÁ INTELIGÊNCIA SUFICIENTE NO GRUPO DE TRABALHO PARA BATER ESTA META? Frequentemente metas não são cumpridas simplesmente porque o grupo encarregado da missão não tem conhecimento suficiente para tal fim. Este sempre é um assunto muito delicado em uma empresa e eu como consultor tenho que ter muito cuidado ao abordá-lo. Afinal de contas, não é agradável você ouvir de um consultor que talvez você não saiba o suficiente sobre seu trabalho, especialmente se você já tem muitos anos de casa.

Reconhecer que se precisa de mais conhecimento é, muitas vezes, a única saída para se evitar um desastre como prejuízo, projetos fracassados ou demissões. Poucos gestores, entretanto, têm a humildade de admitir este ponto fraco e tentam em vão atingir algumas metas para o que não têm capacitação suficiente. Por isto, costumo indagar para presidentes, diretores, gerentes e conselheiros: “Em qual fonte você bebe?”. Quero saber quais consultores de negócio você ouve periodicamente, em quais empresas você se espelha e quais livros você lê e relê, buscando respostas e qualificação. Quem são os seus gurus?

Se você é daqueles que mais fala do que ouve e não tem resposta para as perguntas anteriores, você está no caminho certo para a obsolescência. Você já tem a “carteirinha de dinossauro” e falta pouco para ser extinto do mundo dos negócios.

A trajetória comum de uma pessoa é: estuda, trabalha em uma ou duas empresas e pronto. Quando é promovido, não tem normalmente o conhecimento para o que a empresa exige. E os dois lados, a companhia e o profissional, fingem ignorar este fato. Quando falo com alguns gestores, em todos os níveis, às vezes me surpreendo com o que eles não sabem e deveriam saber. E o pior: muitos não buscam mais nada, não fuçam em livros e na internet, não fazem treinamentos, não visitam outras empresas...até parece que o fracasso lhes subiu à cabeça!

Sugestão: se você quer realmente ser um gestor diferenciado, eleja seus gurus e deixe que eles lhe orientem. Coloque seu espírito crítico para funcionar, mas vá beber em alguma fonte. Se você é um empresário, faça a mesma coisa e faça um pouco mais: organize, junto com RH, este processo em sua empresa. Em qual fonte vamos beber? Não ache nada disto caro. Quando cair na tentação de achar muito caras viagens de treinamento e benchmark, cursos e honorários de consultores, tente calcular O CUSTO DA IGNORÂNCIA. Você se surpreenderá com o resultado.