Quem é o culpado pelos problemas em uma empresa? Quem é o culpado pelas metas não batidas? Quem é o culpado pelo acidente com perda de tempo? Quem é o culpado pela falta de produtividade, pelo atraso no lançamento do produto novo, pela perda de um pedido grande, afinal de contas, quem é o culpado?
Ao invés de citarmos vários “Joões” ou várias “Marias”, vamos evoluir para uma definição mais científica e menos pessoal: o culpado é sempre o processo.
Como assim? Que processo? O culpado foi o presidente X, o culpado foi o gerente Y, o culpado foi o controller W, o culpado foi...
Tudo errado novamente. O culpado por qualquer erro em uma empresa é sempre o processo (ou a ausência de um processo). Processo é o trabalho organizado e padronizado, com atenção máxima para todos os recursos necessários, como equipamentos, máquinas, mão de obra, materiais, treinamento e métodos (procedimentos).
Por que é tão difícil cumprir um padrão? Porque a maioria das ferramentas são implantadas de forma isolada, sem o conceito do processo. Não há qualquer probabilidade de que uma empresa tenha sucesso na implementação de uma ferramenta, seja ela qual for, incluindo os sistemas ERP, sem que o processo seja entendido como o núcleo principal da organização.
O assunto “processo” é chato, o conceito pode ser encarado como subjetivo, mas os resultados da ausência dos processos fortemente estabelecidos são péssimos.
A maioria dos erros vem da falta do padrão e da disciplina para cumpri-lo. Procurar soluções mágicas na tecnologia ou em outros métodos isolados é um erro que custa muito dinheiro para as companhias.
Estabelecer os processos, padronizá-los, treinar e auditar os operadores, nada mais é preciso. Verdade conhecida apenas por uma seleta minoria.
Sem entender o conceito de processo, você culpa pessoas físicas ou fatores externos pelos seus problemas. Somente o processo, ou a ausência dele, é o “culpado “ pelas falhas que enfraquecem o caixa das companhias. Implantar processos ou gestão por processos não é uma opção, é obrigação.