O passado, o presente e o futuro

03/08/2009

O passado, o presente e o futuro
Treinamentos, projetos, campanhas, feiras, palestras, consultorias etc. que não têm “pé nem cabeça”. Esta expressão traduzida para um português mais correto significa atividades sem PASSADO e SEM FUTURO. É lamentável quando encontro este tipo de desperdício em qualquer companhia. A causa? Gestores mal preparados e que pouco se importam com o dinheiro dos acionistas.

Qualquer atividade fora da rotina em uma empresa precisa ter um passado e um futuro. Isto significa que treinamentos eventuais, seminários, campanhas, feiras, projetos etc. devem ser cuidadosamente planejados. Embora alguém possa pensar que não existe qualquer novidade nesta afirmação, a ausência de planos que levem em consideração o passado e que definam o futuro é espantosamente alta e sangra o caixa das organizações. Vamos analisar um exemplo que é muito representativo deste erro: um treinamento. Frequentemente recebo solicitações para ministrar cursos em empresas onde nunca estive mas que ouviram falar de mim. As duas perguntas que sempre faço: qual é o problema que estamos resolvendo com o meu treinamento e como será a continuação prática do meu curso. Eu preciso conhecer o passado, isto é, preciso entender claramente a necessidade do curso e como será medida sua eficácia. Eu também preciso entender o futuro, isto é, qual será o plano de ação resultante do treinamento, quem irá elaborá-lo, quem checará seus resultados e, principalmente, como tudo que foi implantado vai se transformar em processo (rotina). Qual deve ser, SEMPRE, a última etapa de qualquer projeto, treinamento, campanha etc.? Deve ser a padronização dos bons resultados obtidos. Do contrário, os resultados serão perdidos, parcial ou totalmente, caracterizando DESPERDÍCIO DE RECURSOS.

A maioria das empresas, ainda no exemplo do treinamento, não tem qualquer resposta para o passado e para o futuro. A probabilidade do fracasso, mesmo no curto prazo, é muito grande. Regra geral: qualquer atividade fora da rotina em uma empresa precisa ter um passado muito claro que indique a necessidade e um futuro onde os resultados serão transformados em processo.

Vejo muitas empresas discutindo suas participações em feiras. Preço alto, resultados duvidosos. Qual é o passado? Por que participar da feira, quais os dados que indicam a necessidade da participação, como serão medidos os resultados da participação? O futuro? Quantos negócios foram fechados em função da participação na feira, como esta presença tornar-se-á rotina, em qual processo (marketing, vendas) esta atividade está incluída?

Sintetizando o pensamento deste texto, NADA DEVE SER FEITO DE FORMA ISOLADA EM UMA EMPRESA. Treinamentos, projetos, campanhas, feiras, palestras, consultorias etc. que não têm “pé nem cabeça”. Esta expressão traduzida para um português mais correto significa atividades sem PASSADO e SEM FUTURO. É lamentável quando encontro este tipo de desperdício em qualquer companhia. A causa? Gestores mal preparados e que pouco se importam com o dinheiro dos acionistas.


Paulo Ricardo Mubarack

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