Quanto mais gente, pior

12/09/2011

Quanto mais gente, pior
Demitir os piores, reconhecer os melhores. A demissão purifica uma empresa, desde que feita com critérios e sem terror. Leia o texto e entenda porque precisamos apenas dos profissionais bons e simples para aumentar a riqueza das organizações...

Gente é um mal necessário em qualquer empresa! Afirmação polêmica, porém necessária e real. Ao mesmo tempo em que uma empresa nada mais é do que a qualidade da sua gente, ao mesmo tempo em que toda empresa deve procurar empregar os melhores e cuidar dos seus talentos, treinar, reconhecer, tratar bem e desenvolver profissionais, todo gestor deve ser obcecado por trabalhar com o menor número possível de pessoas. Os recursos humanos são tão preciosos quanto complicados. Pessoas são as máquinas mais complexas da Terra e vêm sem manual. Pessoas precisam de uma incrível e cuidadosa manutenção. São caras e carentes, querem carreira, dinheiro e motivação. Com frequência, perdem o foco. Um sorriso não dado ou uma palavra mal colocada podem derrubar a produtividade dos mais eficazes. Complicado, muito complicado.

Sendo assim, trabalhar com o menor número possível de profissionais é a melhor saída. Demitir os ruins, os chatos, os ranzinzas e os encrenqueiros. E, de forma absolutamente científica, buscar os melhores padrões internacionais de produtividade para todas as áreas. Quando se fala nestes padrões em termos de fábrica, é fácil. Medir número de peças ou de toneladas por operador é muito simples. Sistemas de tempos e movimentos e de cronoanálise ajudam muito. Estas ferramentas de medição, entretanto, praticamente inexistem no escritório. Quantas pessoas realmente são necessárias no financeiro, na contabilidade ou em TI? Como saber?

Tenho uma sugestão. Pratique ativamente avaliação de desempenho e demita um de cada área. Observe como “as melancias” se ajeitam. Na maioria dos casos, você demitirá o pior de todos e os outros tomarão dois tipos de atitude: os bons ficarão satisfeitos pois se livraram “dos malas”. Os medianos “apressarão o passo”, pois chegarão à conclusão que “os homens estão pegando!”.

Esta deve ser a atitude permanente de verdadeiros gestores em todos os níveis e não trabalhar com o péssimo hábito de pedirem constantemente para os donos “aumento de quadro”. “Preciso de mais gente”, normalmente, é frase de gerentes e chefes incompetentes.

Paulo Ricardo Mubarack