Como dominar uma situação caótica?

26/07/2013

Como dominar uma situação caótica?
Muitos gestores atrapalham-se completamente quando enfrentam situações caóticas em suas áreas de atuação. Não conseguem durante algum tempo dizer “não” para seus superiores, só dizem “não” quando o desespero aperta e são demitidos, extenuados pela luta inglória e completamente frustrados. Ausência de MÉTODO, ATITUDES EQUIVOCADAS e CONHECIMENTO TÉCNICO insuficientes são as três causas principais.

Tenho assistido e assessorado com frequência a muitos executivos e gestores em apuros. Receberam empresas ou áreas completamente desorganizadas e metas difíceis de atingir e muitas vezes contraditórias: você precisa simultaneamente reduzir custos e implantar um projeto novo, onde as despesas ainda são imprevisíveis. Normalmente, as atitudes deles são perigosamente equivocadas e só agravam seus problemas: tentam responder a tudo, recorrem muito pouco a especialistas, não aprendem a dizer "não" no início de suas missões, só sabem dizer "não" quando o desespero tomou conta e a situação começa a ficar fora de controle, trabalham muito e de forma desordenada, apanham bastante e terminam seus dias, antes da demissão inevitável, reclamando e completamente frustrados.

Como dominar uma situação caótica, esta é a questão. Ponto número 1: MÉTODO! Qual é o método comprovadamente eficaz e testado que o executivo vai utilizar para gerenciar sua rotina e seus projetos? Normalmente, a maioria nem sabe o que é um MÉTODO e simplesmente despreza sua importância. Isto significa algo muito simples: o gestor atrapalhado começa "o jogo de futebol" com no mínimo 4 jogadores a menos. Jogar um jogo duro sem um recurso vital como o MÉTODO é assinar prematuramente a sentença de morte. Ponto número 2: CONHECIMENTO! Poucos gestores estudam realmente seu trabalho. Conheço gerentes de suprimentos que nunca leram um livro sobre compras ou sobre logística. Conheço gerentes financeiros que não conseguem elaborar um fluxo de caixa. Conheço profissionais da área de performance e controle que confundem regimes de caixa e de competência. Conheço gerentes de manutenção que desconhecem indicadores simples e típicos da área, como MTBF e MTTR. Sem conhecimento suficiente para enfrentar situações complicadas, o único resultado possível é ainda mais complicação. Ponto número 3: ATITUDE! Arrogância nunca foi uma boa companheira, especialmente em situações difíceis. Predominam comportamentos equivocados como a incapacidade de perguntar, a falta de convicções, a covardia, a ausência de espírito de dono, a bunda na cadeira, a omissão, a lentidão ao tomar decisões, a ausência de reflexão sobre os erros e, portanto, o desperdício contido em não aprender com eles. Dizer apenas "sim" para os chefes e reclamar nos bastidores é atitude corriqueira e completamente desprovida de sentido lógico.

Sem método, sem conhecimento e com atitudes quase infantis, qual é o resultado possível e esperado, além do fracasso?

Paulo Ricardo Mubarack