Como fazer as pessoas mais felizes

02/09/2013

Como fazer as pessoas mais felizes
Treinamento, bônus e cobrança. Muito treinamento, bônus agressivo e cobrança forte, intensa e frequente. Um trio de ouro, que a maioria das empresas não têm fibra para implantar na sua cultura e praticar fanaticamente. Frouxos nunca fazem nada firme. Frouxos não obtém resultados importantes, não vencem o inimigo e nem se impõem às dificuldades. Peço o básico: treinamento, bônus e cobrança. É a receita simples do sucesso, distante para um número surpreendentemente grande de executivos.

Se alguém pensa que este é um texto de autoajuda, esqueça! É apenas um texto que se fundamenta na realidade nua e crua. Tenho convivido em ambientes empresariais completamente diferentes nos últimos 30 anos e não tenho qualquer dúvida sobre esta afirmação: a única forma de fazer as pessoas mais felizes no trabalho é formada por três providências: treiná-las incansavelmente, exigir muito delas e recompensá-las com dinheiro pelas metas alcançadas. Meritocracia pode ser o nome mais conhecido para esta prática. Os ambientes mais infelizes são aqueles onde não há treinamento, não há cobrança e não há recompensas pelo mérito. Neste caso, prevalecem os perfis políticos, a frescura e os puxa-sacos. As palavras polidas e bem colocadas nas reuniões prevalecem sobre a entrega das metas. A burocracia do verbo bem colocado, das maneiras bem educadas e do pedigree suplanta quem vai direto ao ponto, quem passa por cima dos rapapés e quem é focado nas metas.

Quem pensa mais em si do que na empresa mede as palavras e posa de bom moço. Gentlemen que seriam adorados, por exemplo, na burocracia dos comunistas, na política dos corruptos, nos órgãos públicos ineficientes e nas empresas privadas decadentes, mas que nunca trabalhariam nas organizações mais lucrativas do mundo.

Quer fazer alguém feliz no trabalho? Exija sacrifícios, muito esforço e cobre metas acima do que é considerado razoável no mercado. Ofereça muito treinamento e dinheiro, além de esporros e elogios durante todo o tempo de jogo. Quem gosta desta aparente dureza tem a casca grossa de que precisam os grandes resultados. Sempre que vou trabalhar para alguém, costumo perguntar o que exatamente deseja. Quer ser mediano, bom ou ótimo? Da minha parte, só consigo prestar consultoria e treinamento para quem objetiva o ótimo. Preciso de fanáticos por gestão ao meu lado, senão a coisa não vai funcionar e será um desperdício e um desgaste para todos.

Somente uma seleta minoria encara o trio de ouro citado anteriormente: treinamento intenso, metas difíceis e recompensas muito atrativas. Quer saber? Quando chego em 99% das empresas, não há um plano de treinamento espetacular, não há um sistema de bônus agressivo e, por consequência, não há moral para que metas sejam cobradas duramente.

Quem sabe você analisa sua empresa e verifica como estão estes três instrumentos muito simples: treinamento, bônus e cobrança. Somente um deles não funciona e tampouco dois deles. Ou você implanta os três ou muito pouca coisa vai fazer sentido.

Ah, não esqueça que a cobrança, seja do que for, precisa ser semanal. Auditorias mensais, avaliação de desempenho constante (e não aquelas sonolentas avaliações anuais ou semestrais) e bafo na nuca. Tudo apimentado por muito treinamento e recompensas em dinheiro e promoções.

As melhores pessoas do mundo adoram treinamento, dinheiro, elogios, cobrança e feedback constantes. Os piores profissionais e os medianos têm "ouvidos de veludo", praticam o "bunda na cadeira", contentam-se com bônus medíocres e querem um lugarzinho tranquilo para ter o que pobremente chamam de "qualidade de vida"!