Espírito de dono - portuguesa de desportos

26/12/2013

Espírito de dono - portuguesa de desportos
O mundo do futebol é povoado de incompetentes. Lidam com a paixão popular, exigem salários muito altos e são extremamente relaxados. É muito difícil mudar esta realidade, mas não podemos permitir sua reprodução dentro de nossas empresas. Conheço muitos diretores, gerentes e conselheiros que procedem da mesma forma que o técnico da Portuguesa Rebaixada Por Absoluta Incompetência de Desportos: não cuidam dos detalhes. São preguiçosos travestidos de trabalhadores. Eliminá-los é fundamental. A decisão sempre está nos DETALHES.

Leio no Terra entrevista do técnico da Portuguesa dizendo que "Nem sabia que Héverton tinha sido julgado". Mais adiante, afirma que "fomos enganados" e que "aqui ninguém é otário". Termina afirmando-se inconformado com a pena imposta pelo STJD. Então, eu digo: que incompetência colossal do técnico da Portuguesa e do clube. Que falta de atenção para os detalhes. Que falta de "espírito de dono". Este relaxamento não combina com os altos salários que estes mesmo técnicos exigem. A entrevista é um verdadeiro tratado sobre "como não se comportar no trabalho." Ele deveria, como treinador, saber tudo o que se passa com o campeonato e com os jogadores do seu clube, NO DETALHE. Bem-vindo, Fluminense. A Portuguesa mereceu...

E a lição para os gestores: PRESTAR ATENÇÃO NOS DETALHES É OBRIGAÇÃO DE QUEM CULTIVA O ESPÍRITO DE DONO. O gerente de logística precisa saber onde anda determinada carga, o gerente de produção precisa saber quando é a próxima preventiva do seu equipamento mais importante, o responsável pelo estoque precisa saber dos problemas em seus principais fornecedores, o pessoal de vendas precisa saber tudo sobre os clientes, até o que “comeram hoje no café da manhã”, e por aí vai.

Quando pergunto para um gestor de RH o número de funcionários na empresa e ouço um “aproximadamente 1200”, por exemplo, já sei que o cara não é bom. Ele deveria responder “1208 até ontem e mais 302 terceirizados”. Afinal, ele deveria viver fazendo contas para aumentar o faturamento e o EBITDA por funcionário. O detalhe é fundamental, o jogo (literalmente, no caso da Portuguesa) decide-se no detalhe. O dono conhece todos os detalhes do seu negócio, por mais ínfimos que sejam, e sabe que isto traz uma vantagem colossal. O mediano e o ruim até se orgulham por não conhecer alguns detalhes. São otários e gosto sempre de vê-los empregados nos concorrentes dos meus clientes.

Paulo Ricardo Mubarack