Executivos neanderthais

08/02/2013

Executivos neanderthais
Executivos que não utilizam planos de ação para expressarem seus planos e acompanharem a eficácia deles são semelhantes a seres do período Neanderthal. Saem atrás da caça com produtividade pífia. Resta a lança de pau e a cara de mau.

O diretor de Operações de um cliente foi brilhante ao explicar para o restante da turma de gestores em um treinamento que ministrávamos que ele próprio sempre teve problemas para usar um plano de ação escrito e indicadores. Disse que tradicionalmente sempre tocou projetos sem muitos formalismos, onde 4 ou 5 pessoas tinham na memória todas as informações. É por isto que muitos gestores não crescem: eles não conseguem gerenciar nada maior, porque é impossível somente com a memória gerenciar projetos grandes. E se for feita a tentativa, o gestor que se baseia na memória fracassa.

É por isto que muitos empresários fracassam: quando suas empresas são pequenas, eles conseguem tocá-las “de cor e salteado”. As empresas vão crescendo e eles perdem o controle e quebram ou impedem que a empresa cresça para não quebrar. Ou ficam extenuados pelo excesso de trabalho a que são submetidos para poder controlar sem método uma empresa em expansão.

O método de escrever planos de ação é fundamental para a gestão porque quando você precisa escrever para aprovar e comunicar seus projetos, você obriga a si próprio a pensar de forma mais lógica. Erros de comunicação também são evitados quando as coisas estão escritas. A pergunta é: por que uma boa parte dos executivos e gestores em geral resistem a planos escritos em um padrão adotado pela empresa? Alguns argumentam que “o importante é fazer” e que o plano escrito seria uma burocracia sem valor prático. Ledo engano! Normalmente, a resistência vem da ignorância do valor da escrita, o que ficaria adequado para seres humanos do Neanderthal e não para executivos modernos.
A foto a seguir ficaria bem adequada para muitos Neanderthais que infelicitam suas empresas com a falta de método. Resta a lança de pau e a cara de mau.

Paulo Ricardo Mubarack