O Japão e os bons hábitos

15/05/2014

O Japão e os bons hábitos
O Brasil, sempre visto por muitos estrangeiros como um país de povo afável e empreendedor, mostra sua face real no preparo da Copa do Mundo de futebol: somos desorganizados, pouco civilizados e com baixa autoestima. Não somos o que boa parte do mundo pensava que éramos: felizes. Estamos atrapalhados, confusos e infelizes. Não conseguimos entregar estádios, infraestrutura e alegria. Estamos amargurados com os nossos próprios conflitos.[conitnua...]

Quando faço meu trabalho nos clientes, sempre analiso estes pontos críticos: 

1.    As vendas;

2.   Os custos e despesas;

3.   A dívida;

4.   A organização (processos, indicadores, padrões, método, liderança, conhecimento técnico, cultura)

5.   A estratégia – os investimentos 

É lógico que a causa é o item 4. Os efeitos estão refletidos nos outros 4 itens. Às vezes, em situações delicadas, é preciso um ataque de emergência nos itens 1 – 2 – 3 – 5, paralelo ao item 4. Independentemente da situação, tudo sempre começa por pessoas adequadas ao propósito da empresa, ou seja, pessoas com bons hábitos. Leiam o anexo sobre o Japão. Embora tenha tido dificuldades durante os últimos 15 anos, ainda é uma das quatro ou cinco maiores economias do mundo, o que seria um resultado improvável devido à total falta de recursos naturais e ao clima agressivo.

Respeito às leis, respeito ao tempo (pontualidade), amor ao trabalho e à poupança são alguns dos bons hábitos.

Em muitas empresas brasileiras, tenho enormes dificuldades para convencer as pessoas a desligar o celular durante um curso, não dormir e participar ativamente. Chegar na hora também é outro problema. A questão seria menor se ficasse restrita aos treinamentos, mas ela é apenas a forma como se vende, como se compra, como se controlam os custos e como se administram o patrimônio dos sócios e as pessoas. É a maneira relaxada de ser de muitos brasileiros. O resultado do país, apesar dos enormes recursos naturais que possuímos, todos conhecemos.

A ação que espero dos principais gestores: implantar a chamada “linha dura”, que é, na realidade, a LINHA CIVILIZADA. Só é conhecida como “linha dura” pelos covardes, vagabundos e preguiçosos da praça.