Alguns dos estados mais ricos do Brasil estão em calamidade financeira. Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro estão na ponta da lista do desastre financeiro. O mais correto é afirmar que RS, RJ e outros estados deveriam decretar ESTADO DE CALAMIDADE EM GESTÃO. Gestão sempre é a causa das calamidades financeiras. O que, então, as empresas de verdade, as privadas, devem fazer se a crise não passar? Elas não têm os privilégios de pedir socorro como a incompetente área pública tem. Vejo muitas empresas esperarem indefinidamente o final da crise, já que atribuíram a ela os maus resultados. É preciso convencer-se de que crise nunca é causa de nada, ela apenas mostra a fragilidade de uma empresa. Frequentemente o negócio mudou e a crise mascarou a mudança e apenas acelerou a tragédia. Este engano pode ser percebido tarde demais ou mesmo jamais admitido e uma empresa encolherá para o nível da insignificância ou da falência.
Há duas atitudes que proprietários e diretores devem tomar: durante o dia trabalhar de forma incansável para salvar suas empresas. À noite, refletir sobre as fraquezas do sistema de imunidade das companhias – ele se chama “caixa” – e traçar planos de ação para mudar o modelo de negócio o quanto for preciso.
Tudo se torna urgente: salvar a empresa e mudá-la ao mesmo tempo. Um fato: provavelmente proprietários e diretores não sabem fazer isto. Se soubessem, já teriam feito. Como não sabem, precisam da ajuda de outros empresários e de consultores. Se forem arrogantes, não vão admitir a falta de conhecimento e vão morrer. Se forem humildes, pedirão ajuda e aumentarão razoavelmente as chances de sobrevivência no curto prazo e crescimento no longo.
Uma verdade necessita ser dita e entendida: se as empresas fizerem mais do mesmo, as chances são reduzidas. Se esperarem a crise passar, as chances se reduzem mais ainda. Ações devem ser tomadas imediatamente através da busca de conhecimento e de um trabalho muito duro 18 h por dia.