Algumas empresas, pelo desequilíbrio de seus acionistas, não impõem respeito em seus funcionários. O diretor de um cliente com sede em Minas Gerais ligou-me perguntando: “Mubarack, nosso gerente de produção avisou que pretende sair em alguns meses. Alegou alguns descontentamentos e disse que vai deixar a empresa. O que fazemos?”.
Meu primeiro impulso é dizer: “Demita-o imediatamente, sua empresa não é um prostíbulo de quinta onde qualquer idiota entre ou saia quando bem entender”. Quando um funcionário fala em pedir demissão, o relacionamento já terminou. Normalmente, para ser tão “corajoso”, o cara já tem outro emprego ou vislumbrou uma grande fragilidade na empresa e está tirando proveito disto. As duas opções são ruins e demonstram um caráter aproveitador no empregado e falta de comando e gestão na empresa.
Minha formação profissional teve grande participação dos fundamentos de gerenciamento do Grupo Gerdau. E lá um ato como este teria um final imediato: demissão. Esta firmeza é um dos motivos que diferenciam o Gerdau em relação à maioria das empresas: princípios inegociáveis quando se trata de caráter, atitudes e comportamentos.
Ninguém, eu disse NINGUÉM, nem o acionista, pode ser MAIOR DO QUE A EMPRESA. Ela precisa ser respeitada. E quando um cara ameaça demissão, seja da forma que for, este é um ato desrespeitoso e precisa ser punido.
E se você não tem gente para substituir imediatamente o “aproveitador”? Coloque um X vermelho no nome dele, procure freneticamente o substituto e elimine o sujeitinho o mais rápido possível.
Uma pergunta, se este é o seu caso: onde está o RH que não gerou sucessores, especialmente para cargos-chave? E onde está você, que deixa sua empresa ficar refém de qualquer imbecil?