Raiva da empresa

10/10/2011

Raiva da empresa
Os ricos devem servir como modelo de trabalho e de prosperidade para estudantes e para profissionais. Logicamente, estou me referindo à riqueza honesta, que representa a maioria existente nas empresas privadas. Organizações de sucesso não podem ser vistas com ciúmes, inveja, raiva ou com qualquer outro sentimento mesquinho e devem ser protegidas pela comunidade. Um processo de inteligência deve ser estabelecido nas companhias para eliminar aqueles que têm RAIVA DA EMPRESA.

Um funcionário é demitido em uma fábrica no início do seu turno de trabalho. Pede licença para o encarregado para se despedir dos colegas, entra na área industrial e coloca sua própria mão em uma máquina, mutilando-a. É uma tentativa para evitar a demissão e processar a empresa, exigindo algum tipo de indenização.
Esta atitude canalha, infelizmente, é comum nas fábricas do Brasil. Sob o olhar complacente das autoridades e com a ajuda de advogados igualmente canalhas, a máquina de processos e de indenizações anda a todo vapor. É difícil acreditar que estamos evoluindo. Peter Drucker e outros gurus da administração, talvez de forma desavisada e sem responsabilidade, elogiaram a cultura brasileira, apontando nosso país como uma futura potência global. Se tentaram fazer algum tipo de “média” conosco ou se não sabem sobre o que estão falando, não consigo precisar, mas sei que, repetindo, é muito difícil acreditar que uma sociedade que acolhe e de certa forma estimula este tipo de situação esteja realmente evoluindo.

A raiva das empresas privadas, o ranço com o empreendedorismo e o ridículo discurso contra os ricos atrasa qualquer comunidade. A punição da riqueza com impostos descabidos e com a raiva invejosa desestimula o progresso.
Um leitor enviou-me o seguinte texto escrito por Adrian Rogers no ano de 1931:

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, existe outra pessoa que deve trabalhar sem receber.
O governo não pode dar para alguém aquilo que tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a.

Como sabemos disto há muitas décadas e como somos razoavelmente impotentes para resolver a situação do país, precisamos, pelo menos, controlar a situação dentro de nossas empresas. Como fazer? Estabelecendo um processo continuado de monitoramento do comportamento e da tendência ideológica (se é que se pode classificar estas vigarices de ideologia) dos empregados e selecionando com rigor apenas pessoas que tenham boa-fé e que entendam a importância da geração de riqueza. Toda organização precisa ter um serviço de inteligência, que evite a entrada ou que demita pessoas capazes de cometer atitudes canalhas contra si próprias, contra a empresa e contra a sociedade, que, em última análise, paga este tipo de crime.