Ridículo, nada mais do que ridículo

29/07/2013

Ridículo, nada mais do que ridículo
O mercado tem lógica. A riqueza tem lógica. Eike Batista e sua quixotesca evolução e queda comprovam que somente idiotas não compreendem esta lógica. E a revista Forbes, que explicação tem para dar? Que critério vagabundo ela segue para colocar um cara como o sétimo mais rico do mundo em 2012 e afirmar que “ele deixou de ser bilionário” em 2013? Para que serve este ranking? Talvez, impresso em papel macio, sirva para algum banheiro, nada mais.

Em 26 de julho, a revista Bloomberg apontou que Eike Batista perdeu cerca de R$ 77,5 bilhões de sua fortuna – 99% do total que tinha no auge da riqueza -, deixando de ser bilionário. Segundo a publicação, o ponto mais alto da fortuna do empresário foi março de 2012, quando ela era estimada em US$ 34,5 bilhões (R$ 77,97 bilhões). A publicação aponta que AGORA – 26 de julho de 2013 - o empresário contava com US$ 200 milhões (cerca de R$ 450 milhões).

Em 2008, a revista Época cita Eike como um dos 100 brasileiros mais influentes do ano. Em abril de 2008, o empresário afirma que “iria ser brincadeira” ultrapassar Carlos Slim e Bill Gates e se tornar o homem mais rico do mundo.

Em 2010, Eike aparece no ranking da Forbes como o homem mais rico do Brasil e o oitavo mais rico do mundo. Em 2012, passa a ser, no ranking da Forbes, o sétimo mais rico do mundo. “Manda o Slim limpar o retrovisor” e “não sei se vou passá-lo pela direita ou pela esquerda, mas vou ultrapassá-lo”, são frases quixotescas atribuídas ao empresário.

Em meio à crise, o empresário afirmou em 19 de julho de 2013 à publicação Valor Pro que se pudesse voltar no tempo não recorreria ao mercado de ações. “Eu teria estruturado um 'private equity' (a empresa recebe recursos de um grupo especializado) que me permitisse criar do zero e desenvolver ao longo de pelo menos dez anos cada companhia. E todas permaneceriam fechadas até que eu estivesse seguro de que havia chegado o momento de abrir o capital”.

Ridículo, nada mais do que ridículo. Forbes, Bloomberg, Ibovespa, Época, Exame, analistas financeiros, para que serve tudo isto? Ou houve má fé nas previsões ou incompetência. Como uma revista coloca um cara no ranking dos mais ricos e influentes do mundo em um ano e no seguinte afirma que ele “perdeu” 99% de sua fortuna? Que critério desqualificado é este? Na realidade, o mercado é composto de um grande número de idiotas e de incompetentes, gente com pouco preparo, e que serve de pano de fundo para uma grande palhaçada. A trajetória deste empresário sempre foi uma grande palhaçada. Talvez tenha servido para enriquecê-lo e mais uma meia dúzia, mas deveria ser caso de demissões e de prisões. Como é que um cara que diz que vai ser o mais rico do mundo afirma, 12 meses depois, que errou e que faria tudo diferente? Alguém enganou muitos. A lição que fica para quem apenas quer aprender e não está envolvido com esta rede mal cheirosa que proporciona este triste espetáculo? Não contrate otimistas, aprenda a ouvir más notícias, não seja bobo procurando fortuna fácil e aprenda a estudar gestão.